A dimensão virtual é um espaço tão recente e de potência metafísica tão grandiosa, que ainda nos foge uma completa e profunda compreensão sobre ela. Porém, após pouco tempo de sua criação, já fica visível como esse novo espaço mudou não somente as inter-relações pessoais como a interação do ser com o próprio espaço físico, resignificando-o completamente. Por consequência, as grandes instituições logo tomaram controle desta dimensão e se apropriaram de mecanismos finos e complexos capazes de manipular e moldar a informação lapidando-os às suas ideologias, a cibernética. Diferentemente de um não-lugar, mesmo que o indivíduo também não tenha o espaço físico que se encontra como finalidade última, tal dimensão pode ser visto como um lugar real para se estar "de alma", com quase todas as possibilidades de processos de sociabilidade, economia e política, ainda que à parte da materialidade e com a singularidade de uma elasticidade espacial infinita. Apesar disso, seria imprudente analisar a dimensão virtual apenas como um espaço independente do ser, mas como um espaço mutável que depende intrinsecamente do resultado de uma complexa interação, ainda que o último esteja ocupando e dividindo presença com o espaço físico. Desse modo, é interessante notar como essa dualidade espacial quebra a física clássica, que impossibilita o mesmo objeto ocupar dois espaços ao mesmo tempo, e a eleva comparativamente (guardadas suas devidas proporções) ao emaranhamento quântico, postulando "...dois ou mais objetos estão de alguma forma tão ligados que não podem ser corretamente descritos sem que sua contra-parte seja mencionada - mesmo que possam estar espacialmente separados por milhões de anos-luz", no caso, o objeto ser e o objeto virtual estão separados por dimensões fisicamente intransponíveis e a internet, como um ambiente artificial, não existe a priori do próprio ser, logo é fruto de uma obrigatória interação. Dessa forma, todo o mundo virtual gira em torno de uma rede de intensa movimentação. A cada parada, tentam-lhe retirar e embutir alguma coisa, seja influência, informação, dinheiro, pós-verdades e logo o colocam novamente em um loop infinito de movimento. Assim, a cibernética e a internet se transformaram no principal espaço de atuação do sistema capitalista moderno que constrói o espaço virtual como uma prisão, todavia de objetivo diametralmente oposto a uma, a falsa liberdade regida pelo prazer. A dimensão da web sustentada por uma cultura consumista, narcisista, individualista, desigual, se torna uma arma hedonística e penetra nas camadas mais sutis do subconsciente humano de forma nunca antes vista na história. Consequentemente, toda a relação que o ser humano tem, tinha e terá com o espaço na contemporaneidade deve ser agora repensado tendo em vista o mundo alternativo que se encontra simultaneamente presente, que é intensamente sofisticado e quase que inteiramente feito para invadir o mundo físico e pessoal custe o que custar.
A dimensão virtual é um espaço tão recente e de potência metafísica tão grandiosa, que ainda nos foge uma completa e profunda compreensão sobre ela. Porém, após pouco tempo de sua criação, já fica visível como esse novo espaço mudou não somente as inter-relações pessoais como a interação do ser com o próprio espaço físico, resignificando-o completamente. Por consequência, as grandes instituições logo tomaram controle desta dimensão e se apropriaram de mecanismos finos e complexos capazes de manipular e moldar a informação lapidando-os às suas ideologias, a cibernética. Diferentemente de um não-lugar, mesmo que o indivíduo também não tenha o espaço físico que se encontra como finalidade última, tal dimensão pode ser visto como um lugar real para se estar "de alma", com quase todas as possibilidades de processos de sociabilidade, economia e política, ainda que à parte da materialidade e com a singularidade de uma elasticidade espacial infinita. Apesar disso, seria imprudente analisar a dimensão virtual apenas como um espaço independente do ser, mas como um espaço mutável que depende intrinsecamente do resultado de uma complexa interação, ainda que o último esteja ocupando e dividindo presença com o espaço físico. Desse modo, é interessante notar como essa dualidade espacial quebra a física clássica, que impossibilita o mesmo objeto ocupar dois espaços ao mesmo tempo, e a eleva comparativamente (guardadas suas devidas proporções) ao emaranhamento quântico, postulando "...dois ou mais objetos estão de alguma forma tão ligados que não podem ser corretamente descritos sem que sua contra-parte seja mencionada - mesmo que possam estar espacialmente separados por milhões de anos-luz", no caso, o objeto ser e o objeto virtual estão separados por dimensões fisicamente intransponíveis e a internet, como um ambiente artificial, não existe a priori do próprio ser, logo é fruto de uma obrigatória interação. Dessa forma, todo o mundo virtual gira em torno de uma rede de intensa movimentação. A cada parada, tentam-lhe retirar e embutir alguma coisa, seja influência, informação, dinheiro, pós-verdades e logo o colocam novamente em um loop infinito de movimento. Assim, a cibernética e a internet se transformaram no principal espaço de atuação do sistema capitalista moderno que constrói o espaço virtual como uma prisão, todavia de objetivo diametralmente oposto a uma, a falsa liberdade regida pelo prazer. A dimensão da web sustentada por uma cultura consumista, narcisista, individualista, desigual, se torna uma arma hedonística e penetra nas camadas mais sutis do subconsciente humano de forma nunca antes vista na história. Consequentemente, toda a relação que o ser humano tem, tinha e terá com o espaço na contemporaneidade deve ser agora repensado tendo em vista o mundo alternativo que se encontra simultaneamente presente, que é intensamente sofisticado e quase que inteiramente feito para invadir o mundo físico e pessoal custe o que custar.
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